Implantado em São Paulo pela Unesp (Universidade Estadual Paulista) na última sexta-feira, o projeto GridUnesp (Integração da Capacidade Computacional da Unesp), tido como o maior cluster computacional da América Latina, permitirá aos pesquisadores da Universidade o acesso aos mais elevados níveis de capacidade de processamento e armazenamento de dados em diversas áreas de investigação científica.
Um cluster ou grid é um conjunto de computadores ou unidades de processamento (chamados de "nós") que trabalham em sincronia, como se fossem um único computador. A capacidade de processamento cresce exponencialmente a cada nó adicionado.
Segundo nota oficial no site da Unesp, o investimento no GridUnesp totalizou R$ 8 milhões, dos quais R$ 4,4 milhões vindos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos) e R$ 3,6 milhões da própria universidade.
Sua infraestrutura consiste de um cluster central e outros sete secundários, com processadores Intel e tecnologia da Sun Microsystems. A Unesp implantou o projeto em sete diferentes campi, sendo eles Araraquara, Bauru, Botucatu, Ilha Solteira, Rio Claro, São José do Rio Preto e São Paulo.
O sistema central, que está instalado no campus de São Paulo, no bairro da Barra Funda, tem 2.048 núcleos de processamento e capacidade de desempenho de cerca de 23,2 teraflops (trilhões de cálculos por segundo), que, somados com as outras 896 unidades de processamento dos campi do interior, atingem um total de 33,3 teraflops.
A administração, operação e manutenção do GridUnesp serão centralizadas, e o acesso é permitido a qualquer pesquisador ligado à universidade. O coordenador-geral da GridUnesp e professor do Instituto de Física Teórica (IFT) do campus de São Paulo, Sérgio Ferraz Novaes, afirmou que ele atende principalmente às áreas de pesquisa que requerem processamento, análise e armazenamento de grandes quantidades de dados, como as de sequenciamento genético, previsão de tempo e modelagens molecular e celular.
A GridUnesp está ligada à rede internet2 norte-americana e faz parte de um pool de outras grids espalhadas pelo mundo por meio da Open Science Grid (OSG), dos Estados Unidos. Com o convênio, a GridUNESP passa a fazer parte de um grupo formado por estruturas computacionais importantes como TeraGrid, dos EUA e a TWGrid, da China.
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